sábado, 30 de julho de 2016

Viajante Caído - (55th's Sessions)

Caindo

Acima da média. Entre parapeitos, marquises. É mochila, é jeans – às vezes saia – flanela é o estilo acima da cintura. Sinais e sinais. Da vida e de escolha. Todos signos. Olhos grandes, fingem-se pequenos. Boca pequena, apetite voraz – todos –.

Big eyes, little mouth

Às  vezes, é o verde república. A grama orvalhada, a fuligem e os deuses gregos como testemunhas. O Partenon e ao fundo a Yggdrasil. Reza a lenda que sete voltas ao redor da árvore e todos os seus desejos se realizam.

Lembrar do Rio é doce e segue o fluxo pela Cidade Alta. É na conexão das intenções que os Rios se encontram. Mas o último é salgado. Leme à Olinda. É calor e é calor. Mercúrio sofre, mas ama o Sol. E o Sol é em Mercúrio.

Daí vem São Paulo. Um frio plutônico. Fones de ouvido que não pertencem ao Samsung – já é bom brasileiro: adaptável –... “E esse teu sotaque que me bate e amedronta o teu lugar.” Calidez platônica. “É fácil esquecer seus olhos, o difícil é não lembrar do seu sorriso a procurar algum amor, alguém pra amar”. É no eu gostar de você e no gostar de ficar com você que o “Ah, se eu pudesse, eu iria te buscar, seja em São Paulo, seja em qualquer lugar...” é delicioso de ouvir. Sobe e desce nas veias de Caxias. Mas quando desse, desce! E acerta em cheio a “cidade inquieta [...] seja com bala ou arrepio”.
I keep on falling
Cruz, Boa, Dantas, Mascarenhas, Domingos, Imbiribeira, Ferreira, de Morais, Barreto, Vista, Cabugá. É pensar e entender que a ciência de Chico era impressionantemente surpreendente. Imortal no mangue, nas ladeiras, no ritmo, nas letras, pontes e overdrives, gênio em inglês ou pernambucanês. 

E a proximidade de tudo, Recife holandês, voador é quem ama o Antigo. Hoje será sempre terça-feira nas gargantas do Vanguart, um dia pra Deus implorar nos trocadilhos do Volver. É experimentar o sabor da Netflix escorrendo Fight Club entre carícias. 

Bacon e ovos. Beijos, nada republicanos, que começaram na praça e levaram até a lua olindense. Janela e o sorriso do mar. O Rio, derretendo em sal e suores, e as curvas perfeitas desenhando os derredores dos sinais da vida e da escolha. Fogo nos cabelos lambendo o vento. Sons suprimidos. E a exibição, que nunca houvera, em um toque da science de Marisa. É o fruto da liberdade.

Acima da média. Alta. Entre parapeitos, para proporcionalidade. Marquises que marcam. É mochila; conteúdo. É jeans – às vezes saia – flanela é o estilo acima da cintura; é nenhuma peça. Sinais e sinais. Todos signos. Olhos grandes, fechados. Fingem-se desinteressados. Boca pequena e generosa. Apetite todos – de viver –.


by J, Fallen Traveller

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