segunda-feira, 14 de novembro de 2011

Vinte e Poucos Anos (XX)

ReINVENÇÃO... 




Ouvi de minha outra metade no outro lado do Brasil que escrevo pra eruditos. Que minhas citações têm aspecto elitista. Que procuro encher de palavras complicadas e belas tudo o que escrevo pra assim me reafirmar... Ou antes, me afirmar como bom escritor. 


O mais vergonhoso: ela tem razão. 



E esse é um dos motivos pelos quais me atacou uma desmotivação pra escrever. Lendo livros e blogs de escritores tão jovens quanto eu – em diversos feitios – percebi que todos acabamos pecando pelo mesmo viés tentador: o de querer ser além do que precisa ser. 
Não há nada aqui afora o que poderia você, meu caro leitor, identificar-se comigo em alguma experiência ou pensamento. Não faz sentido, para mim, provar que sei ser culto se é a impressão que eu tive do que vivi que quero passar... E não o quão bem posso escrever textos. 


E é esse o ponto: compartilhar experiências – e não dar aula de literatura. Minha pompa chegou ao limite de colocar no meu humilde espaço no canto direito de seu monitor um acesso a um dicionário com um presunçoso “vai uma ajudinha?” como título. 
Analisando por esse ponto de vista, chega a ser cômico. 


Essa intensa necessidade de querer transformar em arte tudo que se faz, com esse perfeccionismo idiota – que talvez nem me pertença mais (como diria a Xislaine do Zorra Total) – que faz com que eu edite e reedite os mais diversos textos e depois os descarte sem postá-los porque não ficaram bons o suficiente (pra mim). Nesse parágrafo mesmo, me incomoda o fato de ter usado a palavra “faz” duas vezes e tão próximo sem trocar o verbo por um sinônimo e sendo bem sincero... Já tiveram situações em que fui pesquisar o maior número de sinônimos possível para deixar meu texto estupendamente colorido (viva o Word)... E consequentemente e sem querer, chato! 


Realmente... Não há a necessidade de ser tão culto se a idéia é mais importante. Se as sensações nas palavras podem ser passadas de modo simples e não simplório... De que um ser humano é tão capaz quanto outro – mesmo que em atividades diferentes. 
Precisamos, às vezes, empreender uma reinvenção em nós mesmos. É hora de reinventar a maneira como transformo o mundo que percebo, o que escrevo e o que você lê em três mundos que se misturem e se proliferem (ou melhor dizendo se multipliquem {velhos hábitos, hein? Mas juro que não usei o Word! [rs]}). 


Bem vindo você que me acompanha. Sendo bem eu mesmo e ao mesmo tempo bem ser humano: gerenciando mudanças – em mim e ao meu redor. Seja sua mudança e terá todas as mudanças que deseja.

Um comentário:

  1. Perfeito cara... Perfeito demais!!!

    "Seja sua mudança e terá todas as mudanças que deseja."

    Vou ficar de olho nos próximos textos mocinhos...rs

    SJ2

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