Vinte e Poucos Anos (XI)

Como TODO BOM BRASILEIRO...

Comecei o ano depois do carnaval.


Uma notinha:

Okay. Postei uma poesia agora no meio de Março. Mas a minha ultima postagem foi em setembro... E meu último Vinte e Poucos Anos foi em agosto. Oo'
Lógico que tenho bons motivos pra ter quase parado... E talvez eu os escreva em Confessions, mas isso é uma outra história.
O que posso dizer é que um nome exótico me fez parar e um sobrenome exótico me fez recomeçar.


Irei tentar resumir um pouco o fim do ano passado pra concentrar-me no que realmente importa: O hoje.

Sabem montanha russa? Altos e baixos? E por mais que a gente tenha medo um Quê de euforia sempre vem e nos apraz quando estamos em queda livre...?
A partir de Agosto de 2010 foi bem o que aconteceu.


As relações interpessoais que estabeleci e a proximidade do eclipse lunar do dia 21 de dezembro (aquele que foi adiantado...) me fizeram sentir variadas emoções.


Lógico que há uma codificação em quase tudo que escrevo, principalmente quando tem pessoas importantes relacionadas. Mas a viagem da escrita é tão grande que não resisto... [rs]




Já que comecei a falar de montanha russa, vou falar também sobre altos e baixos. Fazendo analogias: já perceberam que no começo, geralmente, pra ganhar altura numa montanha russa demora um bom tempo? É um processo paulatino e cheio de expectativas. 


Ao chegar no topo ainda há uns breves instantes calma e realização misturado com ansiedade. Porque no final das contas, sabemos o que nos espera. 


A tensão começa quando o carrinho declina e começa a baixar a fronte apontando o seu destino. Extâse, euforia, pavor, adrenalina (e porque não um pouco de sofrimento?) consomem as vítimas dentro do veículo durante sua descida brusca e veloz. A impressão de que o mundo irá se destruir por completo quando você atingir o chão. O balanço impossível, a gravidade raivosa, o barulho ensurdecedor, o vento quase rasgando sua pele, você completamente a mercê dos acontecimentos... 


E, de repente, um solavanco. Seu corpo jogado para baixo e em seguida para trás. E quando dá por si... Está numa ladeira. Subindo novamente, porém muito mais rapidamente que antes. Agora todos os sentimentos misturados. Gritos histéricos de felicidade se misturam a silêncios amordaçados de temor.
Você não é mais; Você só sente. Seu coração não está mais no seu peito; Você é seu coração.


Altos e baixos se confundem. De repente o mundo está de pontacabeça - às vezes você pensa que vai morrer, outras você acredita que irá voar -, surpreendentemente ele gira fazendo um redemoinho de cores.


Você se dá conta do que acontece e tem duas opções: Tenta se proteger... Prende os braços firmemente e fecha os olhos e espera tudo aquilo passar no refúgio da sua mente... Ou simplesmente abre os braços e aproveita a sensação.


Engraçado como podemos fazer algumas semelhanças com coisas que parecem não ter nada a ver.


Na vida... Depois da primeira queda, se você notar direito, a ascensão é rápida. É só você querer. É só você encarar. 


Não há inocentes numa montanha russa; talvez vítimas, mas não inocentes. E se houverem ela os torna culpados por suas escolhas na primeira queda.


A vida tem algo similar, não é idêntico, mas é bem parecido. A diferença é que a vida é um mistério... Você não vê o percurso antecipadamente (graças a Deus).
Então, sim, há inocentes na vida. Mas como na montanha russa... Depois da primeira queda, você não é mais inocente. Pode até ser vítima, mas inocente... Nunca mais.




Estou no meio dos loopings da minha vida. Altos e baixos se confundem e todas as cores estão misturadas. Mas estou com um sorriso no rosto e de braços, peito e olhos bem abertos.


Vivendo o perfeito Caos que 
escolhi pra viver. Não sou inocente, nem vítima... Sou culpado.