quinta-feira, 7 de maio de 2015

Vinte e Poucos Anos (XLVII) - "Precisamos ficar descalços"



Descalce OS SAPATOS...


"... In times like these you learn to live again..."


Descalçar: alívio em estar finalmente livre


Como assim, né? Eu só sinto que "cheguei em casa" após descalçar os sapatos/tênis. 

Posso estar pelado, se estiver com os calçados sentirei como se não tivesse chegado ainda - e totalmente ridículo, porque né?, nu e de sapatos/tênis... Ninguém merece! [rs]

É como se eu tirasse um peso do corpo inteiro (o próximo passo é tomar banho - que aliás, sou terminantemente fanático! É uma das melhores coisas do mundo! [rs] Saio de um banho até com a alma lavada! [haha]).

Mas o que isso tem a ver com qualquer coisa? Afinal, é apenas mais uma curiosidade sobre mim.

Mesmo sem pensar muito nisso, usamos os calçados por uma infinidade de motivos. 

Seja pelo conforto ou até mesmo para ficarmos mais altos (e elegantes). 
Lógico que entre esses dois motivos há um zilhão de outros e tou pensando na chatice que seria pra você ler vírgula por vírgula cada motivo. [rs]

Mas, mesmo os melhores e mais confortáveis sapatos incomodam os pés depois de um certo tempo. Pode ser após um longo ou curto período, não importa! Uma hora enche de estar com aquilo nos pés!

E precisamos do alívio de tira-los para que os pés "respirem".

Precisamos de um pouco mais de nós mesmos conosco! 




Um pouco mais de contato com quem gostamos de ser

Sem aperto, sem pressão. Sem elegância, modismo, padronização ou mesmo aquela beleza esperada.

Precisamos do alívio de sermos nós mesmos.

Sem precisarmos calçar aquele sorriso educado ou calçar aquela culpa desnecessária.
Sem termos que calçar a responsabilidade em deixar o outro feliz o tempo inteiro (ou pior: não o deixar triste!).


Sem nos importarmos em estarmos bem na fita, simpáticos, atraentes, bem-comportados...

Sem devermos nada, só porque podemos e queremos não fazê-lo.

E não apenas isso:

Descalçar o sentimento de culpa por chorar ao travesseiro quando ouve uma canção de que gosta muito (ou mesmo um filme - e quem sabe até uma propaganda do Itaú! [haha] Por que não? [rs]). Descalçar a vergonha em admitir pra si mesmo que você tomou e toma decisões erradas. Descalçar o medo de dar passos naquela direçãozinha que há pouco tempo você havia dito aos quatro ventos "nunca vai dar certo", "nunca farei" ou "nunca darei o braço a torcer". Descalçar essa autocrítica que vivemos nos fazendo única e exclusivamente porque queremos ser os melhores para o mundo.

E o mundo é tão grande, cara!

Mas, vem cá: chega em casa, senta no sofá/cama/cadeira/wherever, descalce os sapatos.

vai ver a sensação boa que é estar livre com você novamente. Nem que seja por uns momentos... E se estiver só (sem ninguém), tenho certeza que nem o seu chulé vai te incomodar! [hahaha]
(No fundo sabe que até ele é causado em parte pelo calçado que você tem que usar!)

E eu acho pés, de um modo geral, feios (os meus, então... Nó-r'Sinhóra!) Tá, tá... Alguns são bonitos (e se eu disse que seu pé é bonito, cara!, é uma exceção total! [haha]).

Mas dou um p$#@ valor ao conceito: “belo e o que deve contar sempre é o natural” (desculpem o trocadilho: mas aqui eu tou falando grego [rs]).


Largar-se ao prazer de "não precisar" e "não dever".
Sem cobrança e sem pressão

É fácil curtir as qualidades. São nosso marketing pessoal e andamos com elas ostentadas, mesmo sem percebermos. Difícil é dar um like nos defeitos. (Me repito aqui: nos apaixonamos pelas qualidades e amamos os defeitos! É... Já disse isso em outro texto! [rs]) Leia-se defeito aquilo que você acredita moralmente (com a sua moral, lógico) ser um comportamento errado na outra pessoa num contexto geral.

E é por isso que só nos descalçamos na frente de pessoas que sabem como somos realmente. Porque achamos nossos pés feios ou que nosso "chulé" é desagradável.E, hey!, não tou dizendo que precisamos ficar descalços o tempo inteiro. Irmos ao cinema, ao shopping, ao casamento do amigo [rs]. (Talvez ao tirar os sapatos agora você até lembre de mim... Olha que tragédia! [rsrs])

Mas, na boa... Precisamos do nosso momento "Não tou nem aí e quero mais de mim...", porque tenho a ligeira impressão que a vibe pra felicidade começa em tirar os sapatos e por amor próprio no lugar.




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