Soneto
Flertes de um Rebelde
Vejo, se me fecham os olhos.
E sonho estando acordado
Aprisiono-me, se devo voar aos espólios.
E me liberto estando acorrentado
Enfrento, se me ameaça a derrota.
E se me superestimam, dou um voto à castidade.
Invento, se nada mais importa.
E se me subestimam, me supero a vontade.
O mundo de aquém não vive
Se o sonho de outrora se foi
Pois a teor do destino é sempre triste
Poetas sem os doces lábios estão em declive
No pesadelo de hoje e depois
Na lâmina do livre arbítrio que nunca assiste
GAROTTO
(Jefferson P. Gonçalves)
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