Como EU QUERIA USAR ESSE NOME...
Detesto mentir pra mim mesmo. De todas essa é, com certeza, a mentira mais insuportável. Perceber o que faço comigo mesmo é um embaraço furioso, torturante...
Quem sou eu se nego o que quero... E finjo nada acontecer se assim não sou? Se defendo a felicidade embasada em "quereres" licitamente (ou ilicitamente) plausíveis... Como disse Pitty: "Te vejo errando e isso não é pecado, exceto quando faz outra pessoa sangrar..."
Consigo facilmente fugir da realidade com alguns sorrisos e ouvindo explosões (ou mesmo pequenos acessos) dos mesmos por onde passo.
Minha presença é catastroficamente notável.
O bem-estar alheio me pacifica, me inspira, me ludibria, me intensifica...
É o néctar ao meu vampirismo excêntrico.
Essa não seria outra mentira...? Se o bem-estar alheio me aprouvem, não seria o meu bem-estar?
E como diria eu mesmo em outras circunstâncias: "Estou fazendo o meu.".
Estabelecer um padrão de diversidade é um divertimento que desenvolvo para saciar meu desejo de me sentir bem.
Sou tão inconstante quanto a força da natureza.
Me sabem bem as vítimas de meu Eu passional - O melhor de todos eles, diga-se de passagem - que jaz enclausurado na hipócrita necessidade do reconhecimento. Ah, tristes anseios dos sentimentos!
No fundo, até os mais versados na arte cética das estatísticas - como eu -, vivem/desejam seu conto de fadas.
Salvo algumas lamúrias do meu ego, me entendo muito bem.
Mas, devido a teoria rebelde que pavimentei desde a pré-puberdade, não aceito.
Como eu queria usar esse nome que me tiram a possibilidade de fazê-lo. O dever é o que o torna pseudo(leia-se: falsamente)impossível. Nunca antes de forma tão gratuita o poder e o dever me impediram o querer por vontade própria. A não ser quando o querer não responde mais por si.
Me impressiono ainda em deixar pistas sobre minhas atitudes e paradeiros, mesmo que estes mudem (ou não) para que meu objeto de desejo mantenha-se no controle duma situação que eu não almejo a alguém ter tal disparate.
Prova contundente de meu descontrole "controlado".
Me impressiono dia após dia.
Deixo escapar pequenos meandros de minha personalidade para sentir o flerte aos meus defeitos e qualidades... Na esperança de receber o que nunca conseguirei se não pela conquista - na mais sublime e poética definição de tal palavra.
Onde reside tal medo quando a agonia de não viver estrangula o coração dum sonhador?
E pensar que, de camarote, vejo as nuances estratégicas e os estratagemas para manter-me onde estou, como estou - ou mais distante que isso.
Observar fascinado e na passiva não é possuir o controle.
É estar morrendo de sede e tentar se contentar com as gotículas de água que escapam à proteção dos telhados que invadem a casa tão segura.
Mas porquê? Se estás a sós dentro dela e ninguém irá julgar teu banho e/ou saciedade em tão bom alívio ao sobejo da alma? E se tu te podes enxugar numa toalha quente e fofa que te espera no interior, porque te matares de infernal abstinência do viver?
Beber água por apenas beber é um ato mundano, semi-imperceptível, às vezes incômodo.
Mas fazê-lo quando tua boca, língua e garganta suplicam é um prazer indescritível...
Água, insípida por natureza, precisa de nosso desejo pra tornar-se deliciosa.
A vida, rotineira por natureza, precisa de nosso ímpeto pra tornar-se interessante - e até inesquecível.
Como eu queria usar esse nome... Tempo verbal perfeito... "Queria"... Condicional.
Perfeito para dúvidas. Meu estado é feito de certezas (inclusive as dúvidas são certezas nesse aspecto).
Afinal, assim quero, assim vou:
EXCUSES TRY
To make more than It will be.
EXCUSES CAN
To give less than we have to be
RECRIMINATE REDEMPTION
In my mind will just be this
FLYER
Ou não.
Talvez não seja o ideal. Entretanto, na vida, tudo que é importante é ímpar. Quem sabe já não esteja escrito por só querer que esteja (ou não apenas isso).
Faz tempo que não me emociono enquanto escrevo...
Há tempos não escrevo assim tão bem pra mim mesmo.
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