quinta-feira, 7 de julho de 2011

Vinte e Poucos Anos (XVII) - [Birthday's Post {About 05/06}²]

O Lado B DO DIA CINCO DE JUNHO...


 “I know someday you'll have a beautiful life, I know you'll be a star
In somebody else's sky, but why, why, why
Can't it be, can't it be mine…” 




P
or que teve crepúsculo no meu dia? Por que não continuou na manhã e sol da tarde que me satisfazia?

Meu dia... Aquele que não foi inventado para saciar o consumo compulsivo incitado pelo comércio. O que nasceu para homenagear o belo dia 05 do apogeu do inverno do ano de 1985 – dia no qual eu aportei no mundo. O que era realmente meu. O dia em que lembrava o meu primeiro sopro de vida – em que encarava o médico que me deu duas ou três palmadas para que entrasse ar em meus pulmões com o choro e apenas o encarei com cara de mau. O dia em que me tornei mais um Adão – procurando minha Eva e enfrentando todas as serpentes do caminho. O dia em que o mês de Junho se tornaria especial para sempre.


Por que o antecipado anoitecer na tardinha fria e aconchegante?

Difícil enxergar o que se escreve com essa distorção que esse mar salgado produz aos meus canais de fascínio... Ao mesmo tempo focalizadores e ladinos de atenção.

Seria um prenúncio dos dias a seguir ou uma breve sobre como me tornar aparente aos meus mais novos e recém-adquiridos 26 invernos de vida?

Além do mais responsável possível... Por que não sonhar?

Como querer que alguém que desejava ter nascido com asas endurecesse o corpo e o coração para encarar a realidade dura e fria?

Mas... Não dá pra se esconder da realidade fria. Como eu já disse em uma de minhas pífias composições musicais: “O que os olhos não vêem a nossa mente cria”.

Estou observando tudo. Enfrentando tudo. Sentindo tudo. Aprendendo tudo. E ao mesmo tempo me arremessando contra a vida, com ela e a favor dela.
Arriscando... É isso que ela mais teme e ao mesmo tempo o que mais anseia.

Quando deixamos de viver a vida joga com o tempo e contra nós.
Quando a provocamos e a apostamos em viver a resistência que a mesma nos oferece primariamente é substituída por novas emoções, experiências e realizações.



Nós preenchemos nossa essência... Recheamos nosso mundo de um pouco mais de nossa presença. Nos tornamos únicos. Nos tornamos vivos. Nos tornamos além do que somos, além de seres humanos. Imortalizamos nosso espírito. Afinal, em algum lugar li que a carne morre, mas uma idéia... Ah! Uma ideia é imperecível.

A ideia atravessa grades, muros, paredes, quintais, campos, bairros, municípios, cidades, estados, países, continentes.
A ideologia é quente, é emoção e ignora cálculos frígidos e soturnos.


Por que então meu dia foi nublando até escurecer?
Como na música “Black” do Pearl Jam... Enegrecendo meu dia de cores vivas – tatuando a tudo de preto.
Por que não me deixar sonhar? Porque não me deixar acreditar?




Por que o céu desse alguém não pode ser o meu?

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