Vinte e Poucos Anos (XIX)

O que é "MELHOR"...?

A definição de melhor é:

Superior qualidade; Superior a tudo e a todos; De forma mais perfeita

Como definir melhor sem preterir os circundantes?
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Mas... Como usamos a palavra melhor nas nossas relações interpessoais, mesmo?


Já percebeu que temos uns vícios de linguagem?


De um bolo inteiro tiramos uma fatia e dizemos: “deixei o resto lá.”
Ou quando uma pessoa, que uma vez perdida, comete um deslize dizemos: “você sempre faz isso!”


Ou quando algo ruim nos acontece: "Tudo eu! Tudo eu!"


Já parou pra pensar? Interessante como usamos exageros hiperbólicos em quase todas as nossas interações!


Parece que para que os seres humanos vivam bem em sociedade, têm que deixar tudo cada vez mais complexo... Porque, quer queira quer não, as palavras têm também o poder de moldar a realidade.


Transformam o modo como enxergamos o passado. Mudam o nosso conceito sobre o presente. Recriam nossas expectativas sobre o futuro.


Então porque as usamos de forma tão errada?


Porque não pensamos nas palavras como reformuladoras e transmutadoras... 
Pensamos nelas como um meio, ferramentas... 
Pensamos nelas como um modo de não ficarmos mudos.


Se soubessemos associar as coisas aos devidos lugares, viveríamos... 
E não ficariamos como hoje estamos: interpretando um papel de viver.


Por que não “o melhor de nós” ser a vontade de viver?


Por que temos que inventar conflitos para o convívio como melhor namorada(o), filha(o), vizinha(o), aluna(o), professor(a), amiga(o)...


Por que criarmos estresses e aumentarmos disputas desnecessárias?


Existem palavras que não cabem em determinados lugares, pois simplesmente aumentam incomensuravelmente a densidade daquilo que ela adjetiva.


“Ou você se foi e tornou-se algo diferente”?


Os meus amigos fazem parte dos meus melhores momentos que estão por ascender mais e mais.
Porque o que eu cultivo para que cresça em mim é algo que não vai me transformar num vencedor – é ambíguo o espólio de quem vence, ou como é dito no popular: "uma faca de dois gumes".


Me deixar ser escravos das disputas e sedento por ganhar sempre é ter o coração preso denovo.
“Mas eu posso me libertar”.


“Eu juro que nunca vou sucumbir, eu me recuso”.


Sempre prezando pelos bons momentos que vivi com os meu amigos. E tendo, diplomaticamente e não hipocritamente, para cada um deles um estima inominável. Cada um tem suas aptidões e características peculiares e todas são louváveis.


Fazem parte do melhor que eu tenho.


“E eu tenho outra confissão pra fazer: não sou um tolo.”
Nasci para resistir e não para ser abusado.


Se tiver alguem querendo tomar minha fé? Minha confiança? Eu confessarei.


E se tiver alguém querendo tomar o melhor que tenho...
“Eu juro que nunca que nunca vou sucumbir, eu me recuso”.

Aos meus amigos, meus irmãos escolhidos...

Nunca desistam, nunca deixem que tirem o melhor de vocês. 

Recusem-se a não viver!