sábado, 9 de julho de 2011

Vinte e Poucos Anos (XVIII)

IndenTIDADE...




Já chegou ao limite de quase romper com a realidade e escolher ficar?
De você realmente não saber do porquê estar aqui nesse mundinho tão absurdo?


Antes da precipitação há a racionalidade. Quando começamos a tentar entender o porquê dos “pra quês” e chegamos às benditas pergunta: “Quem somos, na verdade, além do nosso nome?” e “Qual a nossa importância nessa máquina maluca chamada mundo”.


Quem já passou pela puberdade já se fez essas perguntas no mínimo uma vez.



Alguns filósofos existencialistas defendem que quando percebemos o absurdo do mundo vem a angústia e com ela desespero. Afinal, o mundo só é mundo devido ao sentido que damos a ele. Porque não há explicação exata do porquê da realidade ser da maneira que a visualizamos – o mundo por ele mesmo não faz sentido nenhum.


Em dado momento eu conclui:


Se eu encaro a vida como um filme, percebo que, como protagonista, só é importante o que e quem considero relevante. A massa restante é apenas um vulto colorido; figurantes. Então... Preocupar-se com a opinião de terceiros passa a se tornar tão desnecessário. Pois o segredo que poucos sabem é que o mundo não é tudo... O mundo é só um cenário.


Se encaro a vida...” e “O mundo não é tudo... O mundo é só um cenário” exemplificam bem que antes de ler Camus, Sartre, Schopenhauer... Entendia que a orbe em que habito nada seria se eu não desse sentido a isso.


Mas, daí... Otimista como sempre fui (apesar das recaídas depressivas), concordo quando Albert Camus nos considera aptos a tomar total repulsa à passividade assim que tomamos consciência da absurdidade do mundo.


Eu querendo aqui pagar de intelectual falando de filósofos contemporâneos e sem chegar a um denominador comum.


Um menino que já foi, Binho, JP *(Jotá Pê), Jeff (Djéff), Jeffinho, Pereira, Kéko, Jhun, Arikel, Fallen, Archangel, O filho de dona Denize, Rebelde Sem Causa, Do Rock, Do Rio de Janeiro, Estudante do Dantas Barreto, Estudante do Firmino da Veiga, Estudante do Soares Dutra, RPGísta, Nerd, Mêu Pirráia (entenda-se meu pirralho), Estudante de Telecomunicações do IFPE, Vocalista de BandaGraduando em Jornalismo... E Garotto.


Entre tantas nomenclaturas e adjetivos (que quase perco minha identidade) encontraram um anjo, um herói... Com um título de menino. Um impulsivo, um salvador, um criador de risos, de bem-estares, um inusitado, púbere, inocente, incoveniente e jovial garoto... Renascido como tal.


Mas não somos apenas nossos nomes...
Desenvolvemo-nos em volta de um nome, mas ele é apenas ferramenta de identificação. 
Entretanto... Qual a nossa verdadeira identidade?


Quem nós somos e pra o quê?
Já se perguntou quem é você?
E automaticamente... Obtém o próprio nome e os adjetivos, não?


Difícil definir quem somos.


Mas tenho certeza que nossos EUs começam em nós e depois podem se pluralizar...
Um dos meus EUs mais ativos e moldadores da realidade foi resgatado na noite de ontem para encontrar, no leito de uma cama de hospital, o EU de uma das garotas mais enérgicas que já tive o prazer de conhecer, conviver e entender.


Alguns diriam que é deplorável o estado em que ela se encontrara... “Não haveria como continuar assim”, diriam outros.


Apesar de depois do acidente trágico e catastrófico de moto, que a enviou direto para uma sobrevida, testando-lhe a incapacidade de se locomover sozinha, a total dependência, a falta de vaidade feminina, o cabelo que teve de ser arrancado para várias cirurgias, a mudança traumática em seu belo rosto, o amor próprio... Ainda que tudo isso esteja presente e sem previsão de mudanças tem uma vontade incomensurável de viver. Um sentido inalterável de continuar entre nós. Uma inabalável fonte de necessidade de sentir a vida enchendo seus pulmões e correndo em suas veias.


Independente da aparência. Independente das dificuldades físicas, motoras e psicológicas.
Quando tudo pareceu absurdo demais... Quando outros achariam sensato desistir.
Ela deu um sentido à vida: “viver!”. Melhorar, voltar a andar, recuperar tudo (ou quase tudo).


Uma nova identidade. Um novo EU. Misturado a todos que ela já é e o que já viveu.




Todos os meus EUs estão totalmente inspirados e motivados.
Não importa quem ou o que eu sou, mas sim o que faço com quem e com o que sou - isso me define.








P.S: Obrigado por me fazer enxergar @Dani D’Oro.
I’ve 3D Inside

Um comentário:

  1. *_*

    Amore... Vc sabe que não precisa agradecer.
    Estarei por perto sempre, mesmo longe. (contraditória como sempre rs)

    E pra variar, mais um texto maravilhoso!

    S2

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