IndenTIDADE...
Já chegou ao limite de quase romper com a realidade e escolher ficar?

Antes da precipitação há a racionalidade. Quando começamos a tentar entender o porquê dos “pra quês” e chegamos às benditas pergunta: “Quem somos, na verdade, além do nosso nome?” e “Qual a nossa importância nessa máquina maluca chamada mundo”.
Quem já passou pela puberdade já se fez essas perguntas no mínimo uma vez.
Alguns filósofos existencialistas defendem que quando percebemos o absurdo do mundo vem a angústia e com ela desespero. Afinal, o mundo só é mundo devido ao sentido que damos a ele. Porque não há explicação exata do porquê da realidade ser da maneira que a visualizamos – o mundo por ele mesmo não faz sentido nenhum.
Em dado momento eu conclui:
Se eu encaro a vida como um filme, percebo que, como protagonista, só é importante o que e quem considero relevante. A massa restante é apenas um vulto colorido; figurantes. Então... Preocupar-se com a opinião de terceiros passa a se tornar tão desnecessário. Pois o segredo que poucos sabem é que o mundo não é tudo... O mundo é só um cenário.
“Se encaro a vida...” e “O mundo não é tudo... O mundo é só um cenário” exemplificam bem que antes de ler Camus, Sartre, Schopenhauer... Entendia que a orbe em que habito nada seria se eu não desse sentido a isso.
Mas, daí... Otimista como sempre fui (apesar das recaídas depressivas), concordo quando Albert Camus nos considera aptos a tomar total repulsa à passividade assim que tomamos consciência da absurdidade do mundo.
Eu querendo aqui pagar de intelectual falando de filósofos contemporâneos e sem chegar a um denominador comum.

Entre tantas nomenclaturas e adjetivos (que quase perco minha identidade) encontraram um anjo, um herói... Com um título de menino. Um impulsivo, um salvador, um criador de risos, de bem-estares, um inusitado, púbere, inocente, incoveniente e jovial garoto... Renascido como tal.

Desenvolvemo-nos em volta de um nome, mas ele é apenas ferramenta de identificação.
Entretanto... Qual a nossa verdadeira identidade?
Quem nós somos e pra o quê?
Já se perguntou quem é você?
E automaticamente... Obtém o próprio nome e os adjetivos, não?
Difícil definir quem somos.
Mas tenho certeza que nossos EUs começam em nós e depois podem se pluralizar...
Um dos meus EUs mais ativos e moldadores da realidade foi resgatado na noite de ontem para encontrar, no leito de uma cama de hospital, o EU de uma das garotas mais enérgicas que já tive o prazer de conhecer, conviver e entender.
Alguns diriam que é deplorável o estado em que ela se encontrara... “Não haveria como continuar assim”, diriam outros.
Apesar de depois do acidente trágico e catastrófico de moto, que a enviou direto para uma sobrevida, testando-lhe a incapacidade de se locomover sozinha, a total dependência, a falta de vaidade feminina, o cabelo que teve de ser arrancado para várias cirurgias, a mudança traumática em seu belo rosto, o amor próprio... Ainda que tudo isso esteja presente e sem previsão de mudanças tem uma vontade incomensurável de viver. Um sentido inalterável de continuar entre nós. Uma inabalável fonte de necessidade de sentir a vida enchendo seus pulmões e correndo em suas veias.
Independente da aparência. Independente das dificuldades físicas, motoras e psicológicas.
Quando tudo pareceu absurdo demais... Quando outros achariam sensato desistir.
Ela deu um sentido à vida: “viver!”. Melhorar, voltar a andar, recuperar tudo (ou quase tudo).
Uma nova identidade. Um novo EU. Misturado a todos que ela já é e o que já viveu.
Todos os meus EUs estão totalmente inspirados e motivados.
Não importa quem ou o que eu sou, mas sim o que faço com quem e com o que sou - isso me define.
P.S: Obrigado por me fazer enxergar @Dani D’Oro.
I’ve 3D Inside
*_*
ResponderExcluirAmore... Vc sabe que não precisa agradecer.
Estarei por perto sempre, mesmo longe. (contraditória como sempre rs)
E pra variar, mais um texto maravilhoso!
S2