sexta-feira, 21 de novembro de 2014

Confessions IV

Aos superentendidos E SUPERBEMRESOLVIDOS...


Atualização 08:15 16/12/2014
Nota: Galera, esta publicação (de sexta - 21/11/2014) está - como outras - carregada de sentimentos. Os julgamentos estão totalmente influenciados pelo que senti no momento (e não era algo muito legal) - não condizendo com o que realmente penso sobre algumas coisas. Devo dizer: a verdade é que é difícil ter empatia quando estamos sofrendo muito (e às vezes quando estamos felizes demais também - que não é o caso), mas eu errei em várias considerações (e gente... É piegas, mas "errar é humano"). Falando no tema deste texto, a vida sempre segue e algumas perguntas não são respondidas, mesmo! Entretanto a  verdade verdadeira mesmo é uma só; eu a conheço bem e sei exatamente o que devo pesar na balança - peço perdão a mim hoje por ter escrito sobre ela como se fosse diferente.
(P.S: não quis atacar ou desmerecer nenhum dos autores citados. Sou fã de seus escritos; sou fanzaço da Bárbara do Veja Alto Ouça Colorido (aliás, recomendo muito!). A critica era pra quem se apropria de um pensamento sem profundidade, sem dialética ou mesmo sem ao menos tentar entendê-lo... Aos superficiais das Redes Sociais, que aliás... A maioria nem conheço... E as pessoas que conheço e confio não são assim... Aí, bem... Generalizar é sempre injusto... Muitas reticências. [rs] Melhor parar de escrever. O texto permanece porque é no diálogo entre o passado e o presente que determinamos o caminho ao futuro, não é assim? Muito obrigado! É isso!                                                            J
Vida que segue, e nada permanece!”?... Não é bem assim.


Aos que vivem numa sociedade líquida (não é um conceito meu... Um tal de Bauman que
escreveu sobre isso) voltada ao universo amplamente virtual e que desconstrói fé, espírito, relações e sentimentos. Esta que anuncia ideais de perfeição impossíveis e pregam a evaporação do que é sublime. Que adapta a realidade do filme do tipo Substitutos para a nossa realidade: A vida não é assim.



Sociedade Liquefeita
Hey, você! Que não acredita na tangencia daquilo que te cerca (mesmo que não vejas) e pensa em como tudo estará bem porque as coisas são feitas para serem assim: não somos feitos de massa de modelar (ah... não tou afim de explicar a metáfora), não somos liquefeitos, não somos dados de conexão (também não tou muito afim).

O que é verdadeiro nunca deveria ou poderia ser substituído. Somos carne, somos sangue, somos espírito.


Quando algo abstrato como um sentimento é verdadeiro, torna-se praticamente tangente. E se é limado algo se vai. 
O corpo sente e a alma também... 
E tal qual uma cicatriz, uma insensibilidade estranha é instaurada naquele espaço vago – ressurgindo sazonalmente ou agonizando em dias frios.


Mas... É um pedaço físico que se vai junto com a noção sólida de algo abstrato.


Não haverá um texto superbemresolvido sobre esse tipo de realidade sólida. 
Não é atraente. 
Casais velhos que passam a vida inteira reforçando o que sentem um pelo outro: ultrapassado.

Nada “jovem” sobre a relevância da vida junto ou da importância de enfrentar os problemas acompanhados um do outro. Porque: “bull shit!”.


A perfeição está em atropelar tudo e seguir em frente quando algo não é exatamente o que se quer.

E... Meu Deus... 
Perfeição?!


Agora uma pausa moralista: 
Aah... Minha geração! [rs]


Li hoje que casais jovens brasileiros estão em primeiro lugar no mundo em rompimento de relacionamento e que as meninas, quanto mais jovens, são as mais propensas (em todo o globo terrestre) às traições. Aliás, segundo o que li no mesmo lugar, é de uma moça brasileira o título da mulher que mais traiu no mundo inteiro. A explicação? “Nada dura”. 
Escorre pelas mãos, mesmo! (além do mais, pesquisas como estas só enaltecem um machismo inerente à nossa visão de foda-se "não me importa o que sentes")

E você lê/ouve “'that’s alright!' você vai viver e encontrar algo melhor pra você, porque essa dor não significa nada” com tanta certeza no que é dito que você pensa: “será que não é assim que as coisas são?”

A luta pelo individualismo soberano nos faz olharmos para baixo ¾ do tempo dando likes, compartilhando, postando e digitando, digitando e digitando...


E ao sairmos da caverna (coisas chatas de filosofia de um cara chamado Platão), olharmos “pra frente” e em volta (diga-se: voltarmos à tona na vida real) não se vê muito sentido em lutar por algo passageiro... É tudo como se fosse surreal. Aí, depois do espanto... Voltamos a iluminarmos nosso mundo olhando pra baixo.

O pior é quando você volta à caverna e diz: "gente, existe um mundo lá fora!" (...) Prepare-se para ser aniquilado, seu alien! (Éé... É! Exagerado, eu sei!)


Só mais uma vez: não é assim que a vida é... 
Ou não deveria ser.

A Alegoria da Caverna

Acho que estou envelhecendo rápido demais.




Não há solidez?À comunidade superbemresolvida que lê pinceladas das citações do Caio F. Abreu e compartilha como se fosse a prova da vida... Galera, não é bem assim. (Eu leio também, apesar de não ser bem resolvido como tantos. Até já li muito mais do que a grande maioria. E ele não apregoa isso. Amor próprio, amor fraterno é outra vibe... É isso que ele fala em maior parte)

A alguns nobres seguidores do Veja Alto Ouça Colorido (que aliás, também é uma genialidade contemporânea – e acho mesmo!), uma coisa: leia tudo e faça uma reflexão. Não leia apenas pedaços – a vida não é feita de pedaços... 
Outra coisa: faça seu caminho. Tudo aquilo é escrito por quem tem uma visão própria do que vive (assim como eu faço aqui) - e ela sente, transforma em algo seu (dela) que pode ser dialogado com quem lê. Mas é pra sentir... E criar seu próprio caminho! Sintam e faça seus caminhos a partir da sua realidade. 

Penso que os próximos passos vida tem de ser uma eterna dialética entre sua visão do mundo e a informação que vem dele. Uma reformulação infinita, sacam?

Só... Apesar de parecer contraditório, prezo pela consistência de tudo. Precisamos sofrer e sentir dor também. E além de tudo, aprendermos como enfrentar os obstáculos sem desistirmos! 

Somos únicos. Merecemos o que nós buscamos como objetivo de felicidade e não o que uma instituição social promulga.


Aliás, acredito que cada felicidade é particular e só pode tornar-se solidária ao outro quando é compartilhada com este e vice-versa.

A perfeição, graças a Deus, não existe.

A vida real, com a abstração real... Talvez nem eu saiba bem o que quero dizer, mas só sei que não é assim que dever ser... Ao menos... Não deveria.

Abraço meu lado humano e tudo que dele provém... E também os espaços que sei: não serão mais preenchidos de forma superbemresolvida como tantos acreditam acontecer.

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