"De olhos bem fechados"
Abre os olhos
em desprazer
O nada consome
Não há ódio
Não há amor
Não há alegria
Não há dor
Recolhe os espólios de respirar
de viver
É casca ambulante
Nada ao ódio e nada
Nada ao amor e nada
À alegria nada e nada
À dor nada e nada
A corda do viver o estrangula
À caça da noturna pela inspirada dormência
O cadáver ébrio de vida
Anseia a morte do sono
Nos sonhos que embriagam a essência
Por isso aos beijos
Por isso aos cheiros
Por isso aos abraços
Por isso aos goles
Por isso aos gozos
Fecha os olhos
com prazer
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