segunda-feira, 31 de agosto de 2015

Pausas (II) - Reviravoltas (e ainda é Agosto)

PAUSAS

Um Break para mudar de tema (novamente!)
Adivinham? Meu orientador do TCC não curtiu meu tema. É. Disse que estava muito abrangente e que eu não conseguiria tecer em 6 semanas um livro com uma abertura tão grande.
C$%#@!
Então pela terceira vez, mudo! E a vida é assim. Só que dessa vez me levantei muito mais rápido pra falar de algo muito atual. Whatsapp! [hehe]

E com certeza que agora vai dar certo, já mando o prólogo (aqui um pouquinho modificado) pensando que "agora vaaaai!"


Pro logo: O Assovio da Aflição 


Há mais ou menos 02 anos, me deparo com algo que considero revolucionário – tratando-se de canal de comunicação para smartphones chamado Whatsapp.

Eu utilizava o serviço de SMS para me comunicar via mensagens de texto e achei incrível a criação de uma ferramenta capaz de unir em um mesmo canal e por um custo mais acessível, mensagem de texto, áudio, imagens e vídeos, possibilitando a “real” instantaneidade e que facilitava enormemente a troca de informações. Juntamente com a tela touchscreen dos smartphones, esse aplicativo – que sempre me lembrou uma versão aperfeiçoada dos programas de mensagens instantâneas para PCs (como MSN e o ICQ), mudou completamente o conceito sobre comunicação escrita.

No entanto, esse não é o único incentivo que me motivou a utilizar o Whatsapp como tema. Junto com o fascínio, veio o receio. Percebendo a iminente exposição da privacidade que as Redes Sociais prometiam acarretar, havia optado por me abster delas para poupar minha vida pessoal. Com a chegada do aplicativo (um lindo assovio que provinha do celular de uma ex-companheira), pensei (e falei): “se não comprar um aparelho de celular com acesso a essa essa ferramenta, não conseguirei conversar mais com você as pessoas.”. O que na época era uma leve ironia com requintes de ciuminho, tornou-se rapidamente uma profecia. O assovio aflitivo estava em todos os lugares e as pessoas não mais se comunicavam pelo serviço de SMS oferecido pelas operadoras de telefonia. Eu estava extraoficialmente excluído do universo digital. O receio (misturado ao preconceito) deu lugar à curiosidade e à necessidade; retornei às Redes e embarquei com tudo no Whatsapp World. 

Gosto da efetividade do aplicativo e a tudo que ele propõe em termos de resposta rápida, contato instantâneo, troca de dados multimídia, dinamismo e etc. Entretanto, apavoro os contrapontos. A falta de apreço pelo contato real é a primeira delas. A necessidade em ser polipresente para o máximo de pessoas possível faz com que o indivíduo se afaste do mundo real; ignorando-o. É o que vejo como Hipermetropia Social acompanhada da Miopia Virtual. O mais interessante: da quebra de barreira revolucionária proporcionada por esse aplicativo. Não há mais barreiras. Comecei a me comunicar com amigos, familiares, conhecidos (e desconhecidos) em uma situação peculiar que não seria possível de outro modo (ao menos não com esta facilidade): dentro do ambiente de trabalho.


E é nesse ponto que volto à ironia que eu deixava escapar ao assovio aflitivo que vinha do smartphone Android de uma antiga namorada as seguintes perguntas: 


  • 1. Qual o impacto na comunicação empresarial trazido pelo Whatsapp?
    • Em que momento a barreira foi rompida e qual as consequências disso.
  • 2. E a mudança na linguagem?
    • De que modo essa instantaneidade e a possibilidade de falar o que quiser com quem quiser em qualquer momento vem trazendo para o mundo corporativo quando se trata de formas de comunicação.
  • 3. Como fica a vida pessoal?
    • Se não há barreiras entre o universo particular e o trabalho e o contrário também se aplica. Identificá-los e abordar consequências
  • 4. Há Haters vs Lovers quando se trata de ambiente Organizacional?
    • Avaliar os riscos e benefícios das empresas que adaptaram o uso do Whatsapp como ferramenta de trabalho; ao mesmo tempo abordar as que abominam.
  • 5. Privacidade, Ética e Polêmicas.
  • 6. E o futuro? 

Com esse livro reportagem-conto, vou abordar a questão que virou máxima entre todas as pessoas (aproxima o distante, distancia o próximo), usuárias ou não, do aplicativo discorrendo pelos meandros que acompanham a sua recente existência que já coleciona milhões (sem exageros) de polêmicas, focalizando no ambiente empresarial e pincelando com situações cotidianas que fazem do aplicativo o companheiro mais fiel e o pior inimigo de muitas pessoas (e organizações) .

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