domingo, 29 de agosto de 2010

Vinte e Poucos Anos (IX)

O Caso ECLIPSE...


De repente “Platão”. 
Um conceito sobre o amor platônico iniciou esse intento...
O “deixar-se admirar e não cometer as práticas do ímpeto carnal que são decorrentes do amor” não fazia bem parte dos planos e/ou interesses de ambas as partes.
Era quase ridículo – tendo em vista, também, que Platão era um baita hipócrita (seus pupilos que o diriam!). – essa coisa de ficar só no intuito, no desejo...


Limiar, que significa fronteira. É essa a palavra.
Quando se trata de amizade entre sexos opostos é automaticamente estabelecido um limiar... Uma linha tênue.



Polaridades diferentes se atraem. Se não fosse desse modo não teria o rótulo de Sexos Opostos.


Mas não é apenas a discrepância que resulta numa atração... É um quê de eqüidade.


Olhares que se cruzam e não se abandonam nos eternos segundos que se deixam ficar...
Palavras que em uníssono soam de ambas as bocas...
Toques que apavoram a ausência do corpo um do outro...
Odores que se misturam e tornam-se um só...
Respirações em harmonia...
Pensamentos em sintonia...


Como esse Platonismo poderia rivalizar com uma situação tão Freudiana?


O que a caneta esferográfica azul de uma realidade tão platônica que disse “Não!!! Aproveita a sensação do 'não-ser' e deixa estar...” poderia contra duas mentes tão freudianas que diziam “Meu Deus!!! Agora já foi... E eu quero mais!”?


É lógico que estou banalizando um filósofo (e matemático) grego e o pai da psicanálise para adaptar toda a situação ao meu ponto de vista... Mas e daí?


Nenhum sentimento havia sido tão intenso...


A definição da palavra caso é bem abrangente: 
Pode ser algo que acontece ou que pode acontecer, um “faz de contas”, uma aventura amorosa...


O Caso Eclipse... Começou como um “faz de contas”. 
Depois algo que poderia acontecer. Agora, algo que acontece e meio que sem querer... Uma aventura amorosa.


Um deles, classificado como o sol, ilumina e atrai, dá a vida e enche de cores. Radiante e ardente...


O outro ser, denominado como a lua, fascinante e volúvel, que seduz e influência. Hipnotizante e excitante...


Ao tocarem os lábios fizeram com que nenhuma outra sensação, até então, tenha sido tão poética, sensual, terna, incendiária...


O mundo perdeu o foco e retornou ao cenário que sempre fora.




E os protagonistas, adiantando o eclipse lunar do próximo 21 de Dezembro, escureceram  o céu de uma linda noite tornando mais míticas ainda essas sextas-feiras.



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