Um POUCO A MAIS...
De Feliz Natal pra você.
É. Meu primeiro post de
Natal desde a fundação do blog. E por
quê? Porque sim! (não pense no comercial, por favor! [rs])
Pra quem acompanha minhas publicações há algum tempo sabe
que estou fazendo um esforço pra não elitizar meus textos. Afinal de contas “...
Não há a necessidade de ser tão culto se a ideia é mais importante...” (Capítulo
XX).
Natal... Olha, pessoas que eu confio bastante já ouviram de
mim que o Natal é a festa que eu considero a mais triste do ano. As cores...
Aquele verde e vermelho juntos espalhados com as luzes pisca-piscando, aquele
semi-silêncio (ou pior: a música da
Simone! [rs]).
Vários natais a fio eu passei longe de casa. Residência de
amigos, na rua andando (com eles), jogando (videogame, RPG [é, galera... Pra
quem não sabe: Já joguei RPG e muito!]).
Nunca tive realmente um estímulo familiar
para tanto e não culpo minha família. Sabe aquelas mães solteiras que enfrentam
o mundo com o peito aberto e tomam conta de tudo? Então, minha mãe faz parte
desse clã. E o mote de toda a família sempre fora: “se vira”. Na minha
adolescência, rebellare rolava muito
mais do que hoje. Eu cheguei a ser denominado como rebelde sem causa. Ouvir “se
vira”, naquela época, era uma tremenda falta de consideração com a minha
importância – pensava a minha mente aborrecente. Mas hoje eu entendo
perfeitamente (rimou e não ficou bom).
Minha família, minha mãe especificamente (e continua a rima
-.-‘), preparou todos que passaram por nossa casa – filhos, sobrinhos,
primos... – para nos virarmos no mundo. Para que ele não nos engolisse no dia
em que decidíssemos enfrentar a verdade
lá fora. Tudo que ela fizera foi única e exclusivamente o amor de uma leoa
pela sua cria – para que no momento que precisássemos ir à caça, conseguíssemos
o resultado favorável à nossa sobrevivência (mais uma metáfora daquelas... [rs]).
E então, nos últimos dois anos, fui apresentado a algo novo.
Não que meus tios, tias e todos da minha família não confraternizem... Não é
isso. Aprender a repartir o amor que se procura nesta data foi providencial
para que eu entendesse... Não é apenas uma data comemorativa com decoração
triste. Talvez, eu não tivesse a referência necessária ou não desse valor às
que eu tinha.
Como na publicação anterior, tentar encontrar a resposta
exata para tudo pode não ser legal (alguém de muita importância me disse: “algumas coisas não precisam de explicação,
senão elas perdem a magia de serem” – e ela está certa.). Eu sei a origem da comemoração do Natal, conheço as
polêmicas envolvendo o nascimento de Cristo e todas as informações teológicas e
científicas que a minha curiosidade fizera-me ir atrás para procurar.
E usava estas informações como desculpa: “... Ah! É uma data inventada para o
consumismo...!”. (Cê já me ouviu dizer isso? [rs]). E em várias outras datas
comemorativas eu falava coisas como esta. Coitada da minha mãe... É gente, com
muita vergonha eu assumo: já disse isto a minha mãe no Dia das Mães. Mesmo a
tendo presenteado. Aiai... Babaquice.
É, eu sei.
Mas falando do algo
novo: sentar à mesa fins de semana e almoçar em família, só levantar quando o último terminar a refeição e falar
sobre coisas da semana... Nossa! Velho, isso é... Bom!
Eu, tão acostumado a sentar em frente a TV (ou PC) pra comer,
eu que desde os 08 ou 09 anos ouvi meu primeiro “se vira” na hora de por meu almoço... E foi bom, aprendi a me
virar.
Mas, na real?, achei tão... Estranhamente reconfortante essa nova vibe! Estar reunido... É um jeito plácido de instaurar um sentimento novo e – deixa eu falar: – dá resultado.
Mas, na real?, achei tão... Estranhamente reconfortante essa nova vibe! Estar reunido... É um jeito plácido de instaurar um sentimento novo e – deixa eu falar: – dá resultado.
O que isso tem a ver com o Natal? É uma comemoração que une
a família. Como a Copa une os brasileiros... Como eu não havia percebido isso
antes? A troca de presentes é um reforço, uma tentativa de instaurar uma coisa
no coração das pessoas que não deveria ter se perdido: amor.
E, cara!, amor não tem apenas dois termos (como tantos
pensam: fraternal e o de casal, saca?)...
Amor é o toque nas costas ou no ombro na hora de atravessar
a rua; é a preocupação se você está com fome ou com sede; é o cafuné pra
irritar o irmão mais novo; é limpar quaisquer sujeirinhas no corpo do outro; é ajudar a pentear o cabelo; é se
ficar aflito com a hora que passa e você não chega; é a briga e os gritos, os
impropérios e absurdos ditos; é o carinho e o colo dado; é o medo de que falte água
e você não consiga lavar o cabelo; é cozinhar sem vontade; é limpar a bagunça
da festa do dia anterior onde todos seus entes e amigos estavam presentes; é
pensar na pressão arterial da sua tia; é torcer pra que alguém que você
considere como seu parente passe na prova; é o toque e o beijo; é a cobrança
pra que você atinja os objetivos e vença na vida; é o medo de você ser
crucificado pelo mundo; é passar duas horas tentando embalar o presente (e a
embalagem será destroçada em segundos); é, na sua dor deixar de pensar em si e
pensar “como ele(a) está?”; é a saudade imensa; é o orgulho de alguém que chegou lá; é a fé sem duvidar; é a
vergonha em admitir que ama o amigo/irmão (só porque tem nove anos e todo mundo
iria zuar! [rs]); é a vontade sincera que você seja feliz, mesmo que não esteja
ao lado (ou perto); é perdoar e ser perdoado... Tantas as faces possíveis... Enfim.
O amor é tanto, tanto... Que gostaria de compartilhar o
Feliz Natal com todos os que me amam, que eu amo – e com os que eu não conheço
também.
Pedir perdão pelos vários (vários mesmo!) vacilos aos que mais
investiram confiança em mim e perdoar os que me decepcionaram/magoaram e dizer:
sou só um cara – mas sou um cara muito melhor do que ontem!
E dizer mais: família e amigos... Eu os amo.
Eu agradeço muito e tudo!
E por favor: Amem mais (não é amém, tá?). E... Sempre eu vou imaginar... Uma
fotografia em alta resolução em que alguém caminha em uma pequena estrada, com
uma bela e plástica vegetação ao lado, segurando balões em sua mão, e com a
seguinte frase: “Mais Amor, Por Favor!”.
I Wish You
a Merry Christmas!
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