Adeus Panteão
Um imensa fissura. Rachando todo o meridiano. Meia crosta afunda e um degrau a Poseidon é levantado (derrubando-o), rasgando ao meio Afrodite e Dionísio — desfalecendo Príapo —. As águas salgadas chovem rumo ao céu — da boca —.
Zeus grita do alto da tempestade. Regurgita Atena ao longe em eletricidade. No peito Ares, na alma Hades. Oceano inclinado, mais rápido que Hermes avança, revirando e explodindo cada superfície que tocar, inflamando os caminhos como os cavalos de Apolo. As setas de Ártemis tão certeiras, despertam apenas selvagens abissais do coração de Gaia, que adormecida, começa a sangrar — até a vida —. Erupções de Hefesto já cuspiam todas as armas do Inferno. Cronos congelado. Éolo, Boreas e Noto em colisão, estilhaçam Euro e Zéfiro num asfixiante turbilhão.
Não havia composição de Orfeu que aplacasse tamanha catástrofe. Nem beijo de Eros que acalentasse em qualquer estrofe. Ferido Morfeu e ostracizado Hipnos, quanto mais o firmamento era um espelho d'água, mais insuportável era a existência de Himeneu. E o nível do mar sobe impossível e sem razão e toma todos os sentidos espelhando-os em várias direções.
O tsunami eclode.
Arrasta...
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A ressaca vem e tudo draga de volta. Deixa o caos no lugar. Parindo a revolta.
E o mais inteligente dos filhos de Zeus decide a melhor questão para o melhor dos momentos: Está tudo bem? Podemos ser amigos agora?
Com os olhos marejados em calmaria e como se uma tragédia nunca irrompesse, a Musa responde delicadamente que será sem companhia que prefere ir embora.
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