quarta-feira, 11 de julho de 2012

Vinte e Poucos Anos (XXIX) - A 1ª Ida 3/3 [Narrativa]



 PESSOA...



- "Preciso IR..." Ela disse.

... Voltar à realidade foi um choque. Quando me vi já estava ali, vendo-a ir em direção ao carro com passos rápidos.
Os lábios ainda formigavam.

Quanto ao resto do corpo? Febre. Cruzar o espaço geográfico da recepção até o quarto foi uma travessia ébria. Um movimento demorado e ao mesmo tempo anestesiado. Nem lembro bem e já tinha tomado um banho frio e estava do jeito que prefiro embaixo do edredom. Só por mania levanto pra dar uma olhadinha se a porta está fechada. Aninho-me de volta na cama que parecia já ser minha. O motor dos carros de Fórmula 1 zuniam e meus olhos vidrados no teto – ainda guardo essa mania de deixar a TV ligada enquanto durmo. Mesmo assim cochilava e despertava!

sexta-feira, 29 de junho de 2012

Percebo (I) - Mobilidade Zero

Na hora do Rush nem a montanha vai ao maomé

Horário de pico, chuva e rodovias sucateadas? Não, não... A pergunta é: Será que há realmente algum projeto de mobilidade urbana que possa nos salvar de nosso consumismo emergente?


Trabalhar com informação tem suas vantagens (conhecimento é achar que tem poder). Afinal, sair de casa atrasado (1 hora e meia) para o estágio e ter a convicção de que vou levar o mesmo tempo que estou atrasado pra chegar à empresa não seria a mesma coisa se eu não tivesse uma fonte de distração: a informação. Sei (por método empírico-intuicionista) o número de carros que circulam nas principais vias. Vamos admitir: número exato mesmo eu não sei; mas tenho certeza que mais dia menos dia haverá mais quilômetros de automóveis do que estradas disponíveis no Brasil. Na famosa rush hour (hora do rush [pra enfatizar que eu sei falar inglês!]) todos os acessos aos centros das cidades ficam travados. Porém, sendo mais específico, vou me ater à região metropolitana do Recife (e o próprio dito cujo Centro do Recife) pra reiterar que dificilmente qualquer projeto de mobilidade urbana solucionaria esse problema. Na verdade, acredito que em pouquíssimos anos, quando deixar de ser projeto é claro, seria obliterado - ou sendo menos exagerado: ficará obsoleto. É óbvio que com a Copa do Mundo de 2014 batendo à porta alguma coisa que visasse uma revolução na estrutura física do Estado e permitisse acessibilidade, facilitando o famoso direito de ir e vir é de muito bom tom. Mas havemos de convir: é um sonho utópico (olha aí: já me especializando nas redundâncias). Nem as obras do corredor Norte-Sul, Leste-Oeste, da BR-101 (um dos meu desesperos), Via Mangue, alargamentos, duplicações e inclusões; nem os quase 1 Bilhão de Reais a serem investidos... nada disso é páreo para a praga do consumo exacerbado da nova Classe C e seu total desapego ao público.

sábado, 16 de junho de 2012

Encontro Inusitado


Sobre GUARDIÕES...

Não é difícil atender a um pedido do meu bom garoto.
Por isso ainda me via aqui observando essa bela jovem dormir.
Um de meus Irmãos observava pela janela. Devo admitir que seja difícil lidar com ele – principalmente depois que absorveu boa parte da personalidade dela –, mas depois que minha visitas tornaram-se corriqueiras desenvolvemos um relacionamento  aprazível.
Foi complicado me acostumar também com as visitações que ele permite. Assim como meu protegido, sempre fui da fronte. Afasto ameaças.
Percebi, com as elucidações dele, logo que não as eram.
Já apareceram visitadores ruins e tratei de exterminá-los. Compactuei com o defensor dela e enquanto ele defende seu sono, sua integridade, seus sentimentos, sua família... Eu aparto os males.

terça-feira, 12 de junho de 2012

12 de Junho


Eu, NAMORADO...

Nunca escrevi sobre isso... [rs]
Não que eu seja totalmente inexperiente emocional ou algo assim.
Afinal, 27 anos são 27 anos (primeira frasezinha feita de efeito do texto).
Mas, nunca senti tão forte a vontade de ser e estar o que sou.

Namoro é uma palavra que surgiu da expressão espanhola 'estar em amor' (se não tivesse um momentinho nerd não teria sido escrito por mim [rs]) 
e acho que principalmente por isso que esse texto foi criado.

quinta-feira, 31 de maio de 2012

Vinte e Poucos Anos (XXVIII) - A 1ª Ida 2/3 [Conto]


[Conto]
PESSOA...

A Primeira Ida

(O Mundo Finalmente Parou)


Poucas vezes ele teve tanta certeza do que viu.

Ela descia a inclinada e calma Rua Tapajós... Via refinada como tantas outras em São Caetano do Sul. Os passos sinuosos e cadenciados, os cabelos esvoaçantes roubando o hipnotismo das sombras. A mão mexendo na franja, o ar ousado e curioso. Não dava pra ouvir um tracejo da voz sequer, ou mesmo os passos... Ainda estava muito longe pra identificar pelos sons e a escuridão saboreava cada detalhe da sua beleza; escondendo-a por alguns segundos. Mas ainda assim, o mocinho atravessou a rua e ficou do mesmo lado em que a moça descia, mesmo sem nunca antes tê-la visto em carne e osso.

terça-feira, 24 de abril de 2012

Vinte e Poucos Anos (XXVII) - A 1ª Ida 1/3 [Diálogo]

[Diálogo]
PESSOA...

Sexta a feira à noite você correu, hein?
Algumas pessoas perguntaram: - “E aí... Vamo tomar uma?”, obstinado pelo dia seguinte você simplesmente disse não. Deu o maior orgulho ver você voltando pra casa voando. Pronto pra dormir se possível (já que fazia uma semana que você não dormia [tudo bem... três horas em uma semana pode ser considerado dormir em algum país, mas aqui no Brasil não!]).

Pena que a ansiedade foi fodástica. Maior que você! Até algumas horas da manhã, né? Eu vi. Mas você conseguiu dar umas boas três horas (a mais) de sono pro seu corpo.
Acordou de um pulo. O celular ainda nem havia despertado. Engraçado ouvir você dizer “milagre!” de si mesmo! Aliás, gosto disso em você. Dessa sua capacidade de reconhecer seus defeitos e qualidades e lidar bem com eles/elas. Te humaniza muito e você precisa disso como ninguém.
Mais irônico ainda foi ver você organizando suas coisas. 

segunda-feira, 9 de abril de 2012

Interferência Divina

Um belo DIA DE MARÇO...


Um pensamento depressivo de uma amiga me fez ter uma resolução sobre quem somos e o que esperamos de Deus:



Com aquele velho ar de intromissão que me cabe bem, respondi: 


quarta-feira, 21 de março de 2012

Wolf At The Door

Era UMA VEZ...

Uma criança que ansiava conhecer a vida e muito se queixava.
Um dia bateu a sua porta um lobo.

sábado, 10 de março de 2012

Ele Queria Voar


Docinho
ESCREVEU...

"
(...) E ele me dizia: 'Meu sonho sempre foi voar!'


Com certa tristeza em suas palavras por não lutar o suficiente pelos seus desejos e sonhos.

Muitas vezes devemos arriscar muito para conseguirmos o que realmente queremos, e isso

nos dá um medo danado.

Medo de perceber o que temos "na mão" para arriscarmos por algo novo, para entrarmos em um mundo desconhecido, medo de não sermos aceitos, medo de não ser como esperamos, medo, medo, medo... 

Esse que rouba seu tempo, rouba seus sonhos, rouba a sua felicidade.

Arrisque-se!
Eu sempre dizia a ele.

Risco... Uma palavra que deveria fazer parte do dia-a-dia das pessoas seja ela aplicado à vida pessoal ou à profissional.
Arriscar-se não quer dizer perder, não quer dizer loucura, quer dizer o tão satisfatório: EU LUTEI!

Penso que as pessoas deveriam lutar mais pelo que anseiam, assim acredito que realmente seriam felizes, mesmo que apenas pela tentativa.

Arrisque-se pelo simples fato de ser feliz!
"




Resposta à sms enviada por mim: "Eu queria voar, sabia? Meu sonho sempre foi voar!"

Vinte e Poucos Anos (XXVI)

ACORDERE Rebellare...

"Adoramos a perfeição, porque não a podemos ter; repugna-la-íamos, se a tivéssemos. O perfeito é desumano, porque o humano é imperfeito."
 (Fernando Pessoa)

Passeando em meio a antítese de todas as referências que desenvolveram sobre mim: "sendo bem humano e fugindo do reflexo nos espelhos".

Às vezes - pouquíssimas - odeio conhecer o valor que há nas palavras e reconhecer que as atitudes têm mil vezes mais encantos.
Nesses momentos, penso que não é desonra sorrir de longe pra o sucesso, conformado em não o ter assim como tantos.

Egoísmo que me saúda; saída em ser omisso.
E um defeito me mostra que posso ser imperfeito.

Não quero o controle das palavras... Mesmo que por um curto espaço.
Que me descontrole o caos, causando desconto atroz da inconstância que me falta.
Não quero saber do futuro... Prevendo conquista e nem fracasso.
Que me abrace o acaso, casando meu pouco de vida restante com a eternidade à luz da ribalta.

quinta-feira, 8 de março de 2012

Carta Às Mulheres



Definitivamente
EMBEVECIDO
...






Sua total dependência batida. Sua fraqueza desconstruída. Sua ineficiência vencida. Sua escravidão alforriada. Sua irrelevância subjugada. Sua insignificância sobrepujada.

Seu nome valorizado. Sua palavra reconsiderada. Seu pensamento enaltecido. Sua capacidade prestigiada. Seus dons desvendados. Seus dotes reconhecidos. Sua força compreendida.





Sua coragem, determinação, polivalência.
Sua inteligência, objetividade, eficiência.



Seu olhar fascinante. Seu sorriso estonteante. Seus cabelos envolventes.

Seus olhos instigantes. Seus lábios torturantes. Seu andar atraente.

Seu aroma arrebatador. Sua presença atordoante. Sua voz inconfundível. Seu trejeito encantador. Seu choro convocador. Sua carência amorosa. Seu calor influente.

Seu beijo suplicante. Seu abraço dominante. Suas marcas inesquecíveis. Seu suor, seus murmúrios, seus dentes.

Seu sexo acolhedor. Sua imponência presente. Seu absurdo extraordinário. Seu gesto, seu colo tão quente.

Sua delicadeza imperatriz. Sua beleza eterna e fisgante.

Sua vontade de ser feliz. Infindável, bela, dominada e dominante.





P.S: “... Garotos não resistem aos seus mistérios. Garotos nunca dizem não. Garotos como eu sempre tão espertos, perto de uma mulher, são só Garotos...”



¡Feliz Dia da Mulher!


segunda-feira, 5 de março de 2012

Assunto - Res: Desabafo!!!

Num dia DE TRABALHO...
Como outro qualquer, percebi que não haveria essa "qualqueridade" natural do dia a dia quando recebi um email-desabafo de uma colega de trabalho.


Um texto de Cora Coralina traduzindo como ela estava se sentindo:






Mobilizou minha tarde... E respondi:

domingo, 29 de janeiro de 2012

Vinte e Poucos Anos (XXV)


Apenas um CARA...

Já falei isso diversas vezes. Na intensa procura de me fazer feliz nesse pandemonium. Falando sobre felicidade: não existe isso de felicidade constante. Não que não a almejemos – a gente quer. Mas essa coisa (entre tantas outras) pra ser boa tem que haver luta e suor pra ter ela no fim de tudo. Como se a merecêssemos... Senão o resultado é sem sal.

domingo, 22 de janeiro de 2012

O Cenário Em Que Vivo


A arte da INCOMPREENSÃO...

É difícil hoje em dia se fazer entender. As coisas acontecem de maneira muita veloz e as pessoas tendem a nem se ouvir direito. Sabe aquela agonia de ao estar lendo um livro – ou qualquer coisa do tipo – e de repente da uma vontade arretada¹ de pular algumas linhas e chegar logo à conclusão? Então...!

Hoje em dia isso é feito com tudo. Livros, filmes, jornais, seriados, revistas e principalmente no diálogo. O pior de tudo é ler/assistir/ouvir apenas um pedacinho do que se procura conhecimento e ter uma conclusão pré-formada sobre o assunto em questão. É o chamado jarro cheio. Não entra mais nada ali; já está cheio até a boca. 
Tudo que se tenta por a mais, transborda. Nada (ou quase nada) é absorvido.

domingo, 15 de janeiro de 2012

Vinte e Poucos Anos (XXIV)

Johnny Be Good NO MORE...         Johnny Be Good No More (2012).mp3



O melhor é como surgem. Depois de uma decepção fodástica desilusão amorosa, com o recheio de raiva e dor insatisfação... Seja nos 12 de Agostos, nos Johnny Be Good No Mores, nos Quero Você Pra Mims, nos Verso Contam Mais Histórias, os Depois Que Amanheceus... Seja em tantas outras... É quando o coração aperta de modo "Agora Aguenta Coração" ao som de José Augusto que saem as composições mais inspiradas das nossas vidas.


Uma cançãozinha sem vergonha com um inglênszinho brasileirês fajuto aprendido em joguinhos de Playstation... Assim que eu poderia definir essa música.

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Vinte e Poucos Anos (XXIII)


Outcomer – Intruder: “INTRUSO”...


(...) Alguém sabe o significado dessa palavra? A língua inglesa tem umas regras legais pra algumas palavras... Ou seja, “out” significa fora e “comer” é aquele (a) que vem.
Aquele que vem de fora. Estrangeiro. Intruso.