sexta-feira, 5 de junho de 2015

Era Um Garoto (II) - 05 Anos Depois

05:50 


Foi a hora em que realmente despertei hoje (um palíndromo perfeito).

Pensei “Oi, Deus! Obrigado por mais um dia!”.

Ao sentar na cama e olhar o celular (05:55) eu tive que olhar para cima novamente; lembrei: “Hey, Cara! Nem lembrava: Obrigado por mais um ano!”.
Há 05 anos, quando decidi começar a escrever sobre minha vida (durante um frio mês de Junho) era exatamente porque eu me sentia velho – ou que estava morrendo muito rápido [rs]. Como se sentia importante esse tolinho!

Havia uma enorme diferença entre aquele eu e o eu de hoje. E muitas vezes eu não reconheço aquele cara  mas mantenho-o presente em memória para continuar aprendendo. 

Em Junho de 2010 eu não fazia ideia de onde estaria e quem eu seria em Junho de 2015. E, de verdade, me prefiro agora.

Sinto-me muito mais novo (do que gostaria até [rs]) e mais homem, hoje. 
Aliás, como eu acreditava – há até bem pouco tempo – ser dono de mim, responsável, preparado, seguro... 

Sabe de nada inocente!”, um certo pensador contemporâneo esfregaria na minha cara.

Ainda tenho pensamentos revolucionários e utópicos. Sou a favor da humanização e, cara!, transformar pessoas em números e estatísticas ainda me incomoda bastante. Eu, por exemplo, sempre vou dizer “sou só um cara”, porém não sou um cara qualquer.

Ainda penso que não sou mais um na multidão, sou o um a mais. Sou a gota que faz o copo transbordar (antes eu diria que seria o óleo e não me misturaria, mas eu era um idiota total - hoje sou menos idiota [rs]); eu não só passo – eu deixo; eu levo. 

Características minhas que não cessam. Eu acredito no caos da arte, da música, das emoções, dos sentimentos verdadeiros... Não fomos feitos para sermos ordenados. Nada na natureza segue um padrão linear, perfeito, sem falhas ou erros. Nosso lado direito é diferente do esquerdo e temos essa tremenda mania de buscar a perfeição em tudo. De tornar as pessoas artefatos; coisas... Querendo sempre o mais bem classificado, o bonitinho, o socialmente aceitável, o politicamente correto, o “certo”. 

Graças a Deus que há o imperfeito sempre. É a graça de tudo: a diferença. Falando Nele: minha perfeição é Deus.

Ainda gosto de nerdices, gosto de palíndromos (e faço jogos mentais com eles, por exemplo: tava rolando no Facebook uma coisa que eu sempre fiz [me achando um louco] e não falava porque, bem... Era estranho demais. Ver a hora 23:32 me fazia pensar que 23+32 = 55, ou seja, um palíndromo perfeito [rs]), gosto de videogame, RPG, violão, rock'n'roll, histórias medievais, livros fantásticos, filmes, Magic: The Gathering... Todas essas bobagens que atiçam a minha geminiana curiosidade.


Mas apesar de tudo isso, desse surto de puberdade, ainda não sei nada hoje (Desculpe a dupla negativa... Que droga! [rs]). Nada sei da vida. 

Ontem li numa rede social “Minha vida parece um cubo mágico – Arrumo de um lado desarrumo do outro!” e ri pacas. A principal diferença entre o eu de 05 anos atrás e o eu de hoje é apenas que tenho uma resposta e antes não a teria: “Preciso aprender a montar o cubo mágico!”.

Esse cara aqui sabe bem aonde quer chegar, o que vai ser e onde quer estar nos próximos 05 anos.



Esse cara aqui não está entrando nos vinte e poucos anos – e não pensa mais como um moleque.

Esse cara, apesar dessa cara – e do apelido que vai segui-lo até o fim da vida –, "Era Um Garoto"; hoje é um homem.




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