domingo, 31 de julho de 2016
sábado, 30 de julho de 2016
Viajante Caído - (55th's Sessions)
Caindo
Acima da média. Entre parapeitos, marquises. É mochila, é jeans – às vezes saia – flanela é o estilo acima da cintura. Sinais e sinais. Da vida e de escolha. Todos signos. Olhos grandes, fingem-se pequenos. Boca pequena, apetite voraz – todos –.
Às vezes, é o verde república. A grama orvalhada, a fuligem e os deuses gregos como testemunhas. O Partenon e ao fundo a Yggdrasil. Reza a lenda que sete voltas ao redor da árvore e todos os seus desejos se realizam.
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quarta-feira, 20 de julho de 2016
Era Um Garoto (X) - "North Remembers"
Agora Posso Voltar
Escrever é pra todos. Fazer sentir com o que está escrito é um dom pra poucos. Dentro dessa perspectiva, eu falhei miseravelmente em concluir o desafio a que me propus no mês de Junho — o PH Poemaday —. Na real? Tava frustrado com a minha falta de inspiração e meio triste comigo mesmo.
“Quem um dia irá dizer que não existe razão
nas coisas feitas pelo coração?”
(RUSSO, Renato. Eduardo e Mônica. 1986)
North ever forgives & never forgets |
Escrever é pra todos. Fazer sentir com o que está escrito é um dom pra poucos. Dentro dessa perspectiva, eu falhei miseravelmente em concluir o desafio a que me propus no mês de Junho — o PH Poemaday —. Na real? Tava frustrado com a minha falta de inspiração e meio triste comigo mesmo.
"Eu não fiz questão de estar aqui, nem mesmo de participar..."
quinta-feira, 9 de junho de 2016
Crônicas do Frio III (08) - O Licor | (09) - A Cigana
Estiano & Caetano
Dança girando como uma cigana numa redoma. Ou como um dervixe na Dança dos Cosmos. Desaguamos; não me doma.
A mão de Deus é minha e o universo segue no sentido horário; as horas não param, não passam. É o contrário, do contrário, do contrário; Espirais de Estiano. É o avesso, do avesso, do avesso; Sampa de Caetano.
Dá, sim, para imaginar o mar vermelho. Dar-se para a imagem no mesmo espelho: liquefeito. Li que é feito de dois a felicidade de um. Resta a unidade ser de união ao invés de eliminação. Ele mina a alma, o desalento, fazendo o corpo ser um em nada.
Nadar na correnteza Gaspare Campari com os olhos, para a boca correr aos lábios da sina. E afastar o vazio de dentro, rechear de prazer e derreter, no colo da amada amante. A li cortando meu ser. Engulo o licor para outra vez transcender.
Nadar na correnteza Gaspare Campari com os olhos, para a boca correr aos lábios da sina. E afastar o vazio de dentro, rechear de prazer e derreter, no colo da amada amante. A li cortando meu ser. Engulo o licor para outra vez transcender.
#PHPoemaDayJune
terça-feira, 7 de junho de 2016
Crônicas do Frio III (07) - A Maquiagem
Caricatura
Tanto esforço para encontrar algo que sustentasse uma nobre caricatura
de si
de si
Vi eram
o tempo, as dores, o vento, amores, lamentos, sabores,
exemplos e flores, tormentos e cores, momentos autores
Vieram
Quanto esboço no maquiar da realidade, veio a vida e a fez apenas criatura
per se
per se
#PHpomeaDayJune
segunda-feira, 6 de junho de 2016
Crônicas do Frio III (06) - A Mentira
Que Mera
Morrer
Quero morrer
Não quero morrer
Que não quero morrer
Pensei que não quero morrer
Quando pensei que não quero morrer
Menti
Quando pensei que não quero viver
Pensei que não quero viver
Que não quero viver
Não quero viver
Quero viver
Viver
#PHPoemaDayJune
domingo, 5 de junho de 2016
Crônicas do Frio III (05) - Os Pecados
A Quebra da Quarta Parede
(A Revolta do Pecado)O Senhor Pecado – Original
Viajou no tempo
Deslizando ao passado – Cardinal
Perscrutou o anjo
Cabeça coçando
Queixo roçando
Olhar recriminando
E para aquele monte – Colossal
Voou sem alento
Divagando a sorte – Abismal
Fulminou o ex-arcanjo
“Hey, leitor!
Acompanhe comigo
Deus tudo criou
Mas sem defesa
Há pena; é pena
Filho do filho não sou
Que culpem a culpa
Pois as transgressões
Não é o transgressor
Aconselho o inimigo
Já que o porvir
Está todo f... Né?”
Futuro revelado
Conselho mecenas
Esgar revoltado
Depois que é dito:
– “Lúci, seje menas!”
#PHpoemadayJune
sábado, 4 de junho de 2016
Crônicas do Frio III (04) - A Cicatriz
Alto Relevo
Quero você em mim profunda
mente
Para quando tempo
dores e des
sabores
Te arracarem de mim
A cicatriz em re
levo
Me guarde de esquecer
Cada mal benevo
lente
Que te amar fez
pela minha vi
vência
#PHPoemadayJune
sexta-feira, 3 de junho de 2016
Crônicas do Frio III (03) - O Cadáver
"De olhos bem fechados"
Abre os olhos
em desprazer
O nada consome
Não há ódio
Não há amor
Não há alegria
Não há dor
Recolhe os espólios de respirar
de viver
É casca ambulante
Nada ao ódio e nada
Nada ao amor e nada
À alegria nada e nada
À dor nada e nada
A corda do viver o estrangula
À caça da noturna pela inspirada dormência
O cadáver ébrio de vida
Anseia a morte do sono
Nos sonhos que embriagam a essência
Por isso aos beijos
Por isso aos cheiros
Por isso aos abraços
Por isso aos goles
Por isso aos gozos
Fecha os olhos
com prazer
#PHPoemadayJune
quinta-feira, 2 de junho de 2016
Crônicas do Frio III (02) - A Lâmina
A Primeira Vez
Penetrou-lhe a garganta. Por dentro. Mão na base; cabo. Pôs adentro aos poucos, lágrimas brotaram a cada centímetro engolido.
A respiração quase um fardo. A língua teimosa resvalava na dureza sinuosa. E o resto do corpo respondia. As narinas ardiam temerosas e a úvula à míngua. Queixo levantado e suplica desejosa, sustentando o beijo mordaz de uma boca audaciosa.
Olhos não mais no objeto; no teto, lacrimejavam a luxúria implacável do público que assistia e - boquiaberto - inconfessavelmente, pedia: "que jorre o liquido sagrado e nos satisfaça plenamente".
Totalmente tragada pela bainha, finalmente. De fora apenas o talo e as mãos em regalo, braços abertos, formavam a cruz. Da platéia os aplausos e euforia expelida. Puxa de si a lâmina que ameaçou sua vida. Se curva o faquir regozijado e no sorriso o alívio; à sua arte fez jus.
#PHPoemadayJune
quarta-feira, 1 de junho de 2016
Crônicas do Frio III (01) - O Crush
O Crush (Fixo?)
No final
quisera o crush e...
Ficou na pele as
estacas daquele rush...
Citado na cerne
Do sarau
#PHPOEMADAYJUNE
sexta-feira, 6 de maio de 2016
Crônicas de Jack (II) - More Than a Pet
"Quando um louco parece completamente lúcido é o momento de colocar-lhe a camisa de força." (POE, Edgar Allan)
Jack
the human being
Voltar pra casa é diferente quando se tem a presença de um pet, porque é o mesmo que possuir um membro da família em casa ou até um roommate. Só que um gato é um gato. Então, o que ele faz quando eu chego? Fica lá deitado na sua cama, você deve imaginar.
Eu diria, sim, mas não é o caso. Se um dia eu chegar e antes de destravar o cadeado do portão o Jack não aparecer subindo escada acima já é motivo para preocupação.
Eu diria, sim, mas não é o caso. Se um dia eu chegar e antes de destravar o cadeado do portão o Jack não aparecer subindo escada acima já é motivo para preocupação.
quinta-feira, 28 de abril de 2016
Crônicas de Jack (I) - Jack Origins
"Somos as palavras que trocamos, os enganos que cometemos, os impulsos a que cedemos, sem querer."
(FREUD, Sigismund Schlomo)
Jack
will be his name
É uma narrativa com atraso, delay de quase 4 anos. Essa é aproximadamente a idade do Jack. Não tenho certeza da data de seu nascimento, porque ele já me veio espertinho, com os olhos abertos e desmamado. Mas, antes do famigerado meow ele ainda fazia miw.
Dama Relevada - (55th's Sessions)
Relevo
Não moço, não te odeio. Eu só cansei de te esperar.
Tu sabes que não é pela presença física e nem pelo calor do teu abraço, que aliás eu adoro, mas por tu estares. Tu entendes bem, que eu sei.
Ah! Exauri minha capacidade e minhas bolsas lacrimais... E olhe, não pela reciprocidade, mas eu sou de Virgem e como bem o sabes, gosto de ser romântica e de me importar. Mas, eu aguardava a importação desse cuidado do teu país e ficava a ver navios. Nem a Ali Express é tão morosa!
quarta-feira, 17 de fevereiro de 2016
Era Um Garoto (IX) - O Fim Está Próximo
O Fim Está Próximo
“Alguns infinitos são maiores que outros”
(LANCASTER, Hazel Grace. A Culpa é das Estrelas. 2014)
Gostamos de rememorar frases que marcaram uma passagem da
vida. Por mais que a gente dê uma mentidinha (calma! Lê novamente a palavra),
lá está ela pairando no subconsciente; pronta para vir à boca quase
automaticamente – igualzinha àquelas músicas chiclete –.
Mas, diferente das músicas que ficam dando loopings por estarmos com a cabeça vazia (é, caros, a ciência que disse. Não eu.
Uma vibe chamada earworm), frases impactantes como a dita pela protagonista
do livro/filme acima, só vêm quando a mente está bem alimentada e faz, no
momento certo, uma conclusão. É apenas quando o conjunto de palavras ali
constantes fazem sentir. E “se faz sentir, faz sentido.”
E, ora! Vejam, só: infinitos
findam. E nos negamos aos fins.
“Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia”. Mas o aperceber-se conta: é o fim. É o fim.
“Mas o dia insiste em nascer pra ver deitar o novo”. E ao longe, como o topo da montanha que se projeta no horizonte a cada passo que damos, podemos observar o fechamento do ciclo.
“Todo dia o dia não quer raiar o sol do dia”. Mas o aperceber-se conta: é o fim. É o fim.
“Mas o dia insiste em nascer pra ver deitar o novo”. E ao longe, como o topo da montanha que se projeta no horizonte a cada passo que damos, podemos observar o fechamento do ciclo.
Na confusão há esclarecimentos; é o sentido no caos |
terça-feira, 19 de janeiro de 2016
Era Um Garoto (VIII) - Pelos Ares
Empatia, Simpatia e Amorês
"Empatia importa. Dois ouvidos e uma boca." |
O vôo 1452 da GOL saindo do Rio de Janeiro para o Recife com a partida marcada às 15:50 recebeu seu último e arfante passageiro de forma cortês e simpática. "Não quer ir embora do Rio, não é garoto?" brincou a sorridente comissária de bordo. Os olhos dela brilhavam. A cada passo até seu assento, o 28F (lá depois da asa direita e próximo ao fundo da aeronave — leu em algum lugar que era mais seguro em caso de acidente), era cumprimentado pelos seus companheiros de viagem e, vejam só!, pelo primeiro nome. Riu-se primeiro envergonhadamente e logo depois achou graça de verdade. "Devem ter falado meu nome mil vezes." pensou, divertindo-se.
Sentar à janela revelava sua leve claustrofobia. Seu negócio, se pudesse, era voar de verdade e não estar aprisionado à mercê de um quarto, em forma de tubo gigante. Mas ainda assim, amava aquilo.
As turbinas ressoaram e, após todos os check-lists, lá estava ele vendo a asa direita formar o côncavo, e o aeroplano rugir pela pista de decolagem até ganhar os ares, enchendo de vida as veias daquele apaixonado.
No entanto, o coração domou-lhe. Ver o solo se afastando, sentir o frio no estômago e ter sido empático a tão pouco inundou seus olhos de saudades. Empatia não é algo para todos, coisa perigosa... Que só deve ser praticada pelos mais corajosos.
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